IV Semana Paulo Freire (UERJ)

24/07/2017

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PROGRAMAÇÃO

15/08/2017 - TERÇA FEIRA
MANHÃ

08:00H ÀS 09:00H - CREDENCIAMENTO
LOCAL: SALA DO CENTRO ACADÊMICO, 12.019, 12° ANDAR, BLOCO F

09:00H - CAFÉ COM MÚSICA ​COM O PROJETO PRINCESAS ​ NEGRAS
LOCAL: HALL DO 12° ANDAR, BLOCO F.

09:30H - MESA DE ABERTURA
Prof. Representante do SR1
Prof. Paula Cid
Prof. Rosana Glat (Faculdade de Educação)
Representante do Centro Acadêmico Paulo Freire
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

10:00H - PALESTRA: INCLUSÃO ESCOLAR
Prof. Edicleia Mascarenhas Fernandes (EDU-UERJ)
Prof Annie Gomes Redig (EDU-UERJ)
Prof. Flávia Dutra (EDU-UERJ)
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

TARDE

12:30H - ABERTURA DA EXPOSIÇÃO: Mulheres Brasileiras que fizeram história
LOCAL: HALL DO 12° ANDAR, BLOCO F.

14:00H - OFICINAS*

Oficina :LIBRAS
Prof. Valeria de Oliveira, coordenadora pedagógica do programa rompendo barreiras: luta
pela inclusão.
Prof°. CAp-UERJ (AEE-EC)
LOCAL: SALA 12100

Oficina: BRAILLE
Instrutor: Flávio, estudante do curso de Direito e bolsista do Rompendo Barreiras
LOCAL: SALA 12120

Oficina: PRODUÇÃO DE RECURSOS E MATERIAIS EDUCATIVOS PARA UMA
PEDAGOGIA DAS ARTESANIAS.
Prof. Leonardo Nolasco
LOCAL: SALA 12050

14:00H - MINI CURSOS*

MINI CURSO: O ESPAÇO DO DIÁLOGO EM SALA DE AULA: A REDUÇÃO DE
CONFLITOS NA VOZ DISCENTE
Prof: Maíra Freitas
Prof: Luiz Borges (CAP)
LOCAL: SALA 12050, 12° ANDAR, BLOCO F

* As vagas para participação nas oficinas têm um número limitado, as inscrições serão
feitas através do blog.

NOITE

17:00H ÀS 18:00H - CREDENCIAMENTO
LOCAL: SALA DO CENTRO ACADÊMICO, 12.019, 12° ANDAR, BLOCO F

18:00H - CAFÉ COM MÚSICA ​COM A ANISTIA INTERNACIONAL
LOCAL: HALL DO 12° ANDAR, BLOCO F.

18:15H - MESA DE ABERTURA
Prof. Representante do SR1
Prof. Luciana Velloso (Coordenação Pedagógica)
Prof. Rosana Oliveira (Faculdade de Educação)
Representante do Centro Acadêmico Paulo Freire
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

18:30H - PALESTRA: O IMPACTO DO RACISMO NA INFÂNCIA
Palestrante: Thiago Martins ( Mestre em Educação)
Palestrante:. Sônia Beatriz ( EDU-UERJ)
Palestrante:. Guilherme Nogueira de Souza
Palestrante:. Rose Cipriano
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F
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16/08/2017 - QUARTA FEIRA
MANHÃ

09:00H - PALESTRA: Escola sem partido: quais são as consequências para o futuro?
Prof. Felipe Duque (UFF)
Prof. Inês Barbosa de Oliveira (EDU-UERJ)
Prof. Luciana Veloso (EDU-UERJ)
Prof. Mariana Reis
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

TARDE

14:00H - Documentário: PICHAÇÕES
DEBATEDOR: GUSTAVO COELHO
LOCAL: SALA RAV 122, 12° ANDAR, BLOCO F

14:00H - OFICINAS*

Oficina :LIBRAS
Prof. Valeria de Oliveira, coordenadora pedagógica do programa rompendo barreiras: luta
pela inclusão. CAp-UERJ (AEE-EC)
LOCAL: SALA 12100

Oficina: BRAILLE
Instrutor: Flávio, estudante do curso de Direito e bolsista do Rompendo Barreiras
LOCAL: SALA 12120

Oficina: PRODUÇÃO DE RECURSOS E MATERIAIS EDUCATIVOS PARA UMA
PEDAGOGIA DAS ARTESANIAS.
Prof. Leonardo Nolasco
LOCAL: SALA 12050

Oficina: LABORATÓRIO INTERATIVO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: JOGOS E MATERIAIS MANIPULÁVEIS.
Prof Rosana Oliveira
LOCAL: SALA 12097

14:00H - MINI CURSOS*
MINI CURSO: DIREITO DE ESCOLARIDADE DA CRIANÇA DOENTE
Prof: Eneida
LOCAL: SALA 12100, 12° ANDAR, BLOCO F

MINI CURSO: O ESPAÇO DO DIÁLOGO EM SALA DE AULA: A REDUÇÃO DE
CONFLITOS NA VOZ DISCENTE
Prof: Maíra Freitas (CAP)
Prof: Luiz Borges (CAP)
LOCAL: SALA 12050, 12° ANDAR, BLOCO F

* As vagas para participação nas oficinas e mini cursos têm um número limitado, as inscrições serão
feitas através do blog.

NOITE

18:30H - PALESTRA: A privatização na educação do Brasil
Prof. Zacarias Gama (EDU-UERJ)
Prof. Guilherme Vargues (EDU-UERJ)
Prof. Rose Cipriano (Coordenadora do SEPE Caxias)
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

19:30H - RODA DE DEBATE: 10 ANOS DE COTAS NA UERJ: A HISTÓRIA DE LUTA E
PERMANÊNCIA NEGRA NA UNIVERSIDADE
*** Convite ao coletivo Denegrir***

LOCAL: AUDITÓRIO 12.105, 12° ANDAR, BLOCO F
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17/08/2017 QUINTA FEIRA
MANHÃ

09:00H - PALESTRA: Darcy Ribeiro e Paulo Freire - amigos além da educação política
Exibição da última gravação de Paulo Freire e Darcy Ribeiro juntos.
Prof. Marcos Chagas
Prof. Socorro Calhau
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

TARDE

14:00H - MINI CURSOS*

MINI CURSO: DIREITO DE ESCOLARIDADE DA CRIANÇA DOENTE
Prof: Eneida
LOCAL: SALA 12100, 12° ANDAR, BLOCO F

MINI CURSO: ELABORAÇÃO DE ITENS DE AVALIAÇÃO
Prof: Diana Cerdeira (EDU-UERJ)
Prof: Virginia Louzada (EDU-UERJ)
LOCAL: SALA 12058, 12° ANDAR, BLOCO F

*As vagas para participação nos mini cursos têm um número limitado, as inscrições serão
feitas no blog.

NOITE

18:30H - PALESTRA: GÊNERO E SEXUALIDADE NA ESCOLA
Prof. Conceição Soares (EDU-UERJ)
Prof. Fernando Capary
Prof. Jonê Carla Baião
Mediador: Dilton
LOCAL: AUDITÓRIO 111, 12° ANDAR, BLOCO F

18:00H - PALESTRA: HOMEM, RAÇA E CLASSE: HOMENS NEGROS, POR HOMENS
NEGROS, EM PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR.
Prof°. Rolf Malungo de Souza (EDU-UFF)
Prof°. Lincoln Silva (CAP E CEH UERJ)
Prof° Alexandre Ribeiro (FEBF)
Mediador: Thiago Martins (Mestre em Educação)
LOCAL: AUDITÓRIO 12.105, 12° ANDAR, BLOCO F

IV Semana Paulo Freire: “ ​Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”

É gratuito, e aberto a todas as pessoas!

*A programação ainda está sofrendo alterações*

REALIZAÇÃO: CAPF / ​NOSSA LUTA, NOSSA VOZ

Dúvidas? capfnossaluta@gmail.com

Palestra Roger Chartier (Collège de France)


Antonio Cândido, Literatura & Educação

17/07/2017

ANTONIO CÂNDIDO, LITERATURA & EDUCAÇÃO
Marisa Lajolo


Professor Antonio Candido faleceu em maio. Deixou muita saudade. E também muitas lições. Nelas, é frequente o tema da “função da literatura" : para que serve a literatura ? para que ela serve, na vida das pessoas e na vida social ? 
Nas lições do mestre, aprendo que a literatura serve para construir um sentido para o mundo. Aprendo que contos e romances, HQs, adivinhas, telenovelas, ditados, poemas são formas que -ao longo da história- nós todos, homens e mulheres, fomos inventando para procurar e oferecer respostas a uma necessidade humana básica: compreender o sentido do mundo 
A literatura satisfaz nossa necessidade de sentirmos que somos capazes de sobreviver. Mais do que isso: de viver e de apreciar a vida. 
Além das aulas, pilotadas pela figura elegante, bem humorada e rigorosa do mestre, em dois de seus textos a questão da função da literatura é detalhadamente discutida. "A literatura e a formação do homem" e " O direito à literatura" .
Nestes dois ensaios, em minha leitura, o professor examina a ideia de que nascemos todos querendo viver, entender a vida. E que também nascemos sabendo que, para viver, precisamos entender o mundo em que vivemos, precisamos dos outros, de contato com a beleza, com a alegria, com a tristeza . 
Mas ... também nascemos com medo de não conseguir satisfazer estas necessidades. 
E uma função da literatura – entre outras tantas, mas talvez a principal delas- é mostrar as quase infinitas maneiras de lidar com estas necessidades e com estes medos. Com a literatura - reino maior da fantasia e da imaginação - experimentamos maneiras de lidar com medos, necessidades e alegrias . 
Por isso a literatura é formadora. E por isso é um direito de todos.
Nas muitas dezenas de obras que comenta, o mestre discute diferentes maneiras pelas quais a literatura cumpre essa função humanizadora. E porque ela cumpre esta função, sua presença na escola é fundamental. Conceber a literatura como fator de humanização talvez ajude a refletir sobre o sentido de sua presença na escola. 
Talvez a expressão “ensinar literatura” possa ter vários sentidos. E vários objetivos. 
Um deles, é ensinar que Érico Veríssimo é gaúcho e Gregório de Matos baiano; que Gonçalves Dias é romântico e Mário de Andrade modernista. Trata-se de informações sobre autores e obras: cumprem o objetivo de deixar o aluno / leitor mais informado. O que é correto e útil. Mas não é tudo.. 
“Ensinar literatura” talvez ganhe um sentido mais rico – nos dois lados da mesa do professor- quando tem por objetivo desenvolver o gosto pela leitura. Ou tornar este gosto mais exigente; mais exigente porque de leitores mais competentes. Neste caso, creio que o verbo ensinar junta-se com o verbo inspirar . 
Ensinar literatura, neste sentido, exige gostar de ler. Gostar muito. E ler muito . Como o professor Antonio Candido. 
Quem gosta de ler, quem gosta de discutir o que leu, quem sabe ( e gosta de ) discutir do que trata e o que pode significar aquilo que leu, transmite este gosto aos outros. Por isso, a linguagem em que se fala de literatura, em qualquer nível, precisa ser simples . Direta e compreensível .
Há bem mais de um século, a literatura tornou-se objeto de mercado. Se não a literatura, com certeza os livros dos quais o texto literário é uma das matérias primas. E porque talvez esta mercantilização seja irreversível, bibliotecas ganham espaço no pensamento de Antonio Candido. 
Na inauguração da biblioteca do MST, ele celebrou a importância da iniciativa : As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada. Portanto, parabéns ao MST pela abertura desta biblioteca, porque o amor pelo livro nos refina e nos liberta de muitas servidões 
E esta ideia de uma função libertária para a literatura não vale para as bibliotecas escolares ? para salas de leitura, estantes de classe e similares espaços , a partir dos quais professores iniciam seus alunos nas práticas e prazeres da leitura ? 
Se em “ A literatura e a formação do homem “ e em “O direito à literatura “ mestre Antonio Candido discute a função humanizadora da literatura, a importância que ele atribuía à escola e às atividades voltadas para o ensino da literatura materializa-se, em 1985 em outra obra , o pequenino “Na sala de aula” . Seu subtítulo, “ Caderno de Análise Literária “ reforça sua destinação e seu objetivo: “ sugerir ao professor e ao estudante maneiras possíveis de trabalhar o texto. “ No livro, seis análises de poemas brasileiros, do Brasil-colônia à segunda metade do século XX. 
São análises originalmente apresentadas em situações de aula onde, segundo o Professor “ tudo ganha mais clareza, devido aos recursos do gesto e da palavra falada, com o auxílio do fiel quadro-negro e seu giz de cor “ . 
Ao compartilhar conosco – neste livro- algumas de suas aulas, o Professor nos oferece, com a discreta generosidade que o caracterizava, uma forma possível de exercer, compartilhar e expandir o direito à literatura. 
Projeto ao alcance de todos nós, em nossas salas de aula com nossos alunos.
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Layout por: Fernanda F. Goulart.
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